HQuinta | Bienal do Livro e também dos quadrinhos
Bate-papo, sessões de autógrafos e títulos para todos os gostos, nona arte ganha seu espaço por estandes do evento

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo escreveu mais um capítulo da sua história e do seu compromisso com todas as camadas que envolvem o mercado editorial, unindo os setores empresarial, passando pelas mentes criativas até o tão esperado encontro com leitores e leitoras, sem contar o envolvimento de tantas outras frentes envolvidas nesse processo. Realizada no Expo Center Norte entre os dias 2 e 10 de julho, a feira reuniu mais de 660 mil pessoas, segundo a organização, e contemplou amantes de gostos dos mais diversos, inclusive fãs e colecionadores de histórias em quadrinhos.
Embora o evento ainda não tenha uma programação dedicada à nona arte, foi possível traçar uma linha e acompanhar diversas ações com editoras, quadrinistas, além de participar de outras tantas oportunidades nos estandes, como garimpo de edições com descontos sobre o preço de capa e a busca por títulos recém-lançados com autógrafos de artistas.
Logo no primeiro dia que estivemos no evento, na sexta-feira (8), encontramos Daniel Lopes e Alexandre Callari, (Pipoca & Nanquim), na saída da sessão de bate-papo com o autor português Filipe Melo, de Balada para Sophie, obra publicada no Brasil pela editora e que chegou aos leitores no último mês de junho. Embora sem espaço próprio na Bienal do Livro, diversos títulos da P&N estavam no catálogo de outros vendedores. Famosa pela curadoria refinada e sempre prezando pelo acabamento, a Pipoca & Nanquim é tetracampeã consecutiva do Troféu HQ Mix na categoria Editora do Ano.

Outro projeto com bastante destaque na cena de quadrinhos, as Graphics MSP atraíram filas de fãs ao estande da Panini. No sábado (9), a autora Cora Ottoni, de Denise – Arraso, e Vitor Cafaggi, de Franjinha – Contato, estiveram na companhia do editor e criador do selo Sidney Gusman para autógrafos e dedicatórias das mais especiais para quem acompanha o projeto que ultrapassou a marca dos 30 títulos publicados, sempre com protagonismo para um ou mais personagens da galeria criada por Mauricio de Sousa e interpretados por quadrinistas nacionais.
No mesmo dia, o espaço da Amazon sediou uma mesa sobre Autopublicação de Quadrinhos: Quais as Diferenças e Como Otimizar, com Aline Cristina, Igor Frederico, Patrick Martins e a mediação de Cassius Medauar, gerente de conteúdo da editora Conrad. Entre as falas compartilhadas com a plateia, relatos da autora e autores sobre o processo criativo até as diferenças do lançamento de um gibi em formato físico ou digital, dicas de como se preparar para os eventos e a provocação que o grupo lançou para a criação de uma Artists’ Alley para a próxima edição da Bienal do Livro. Pow!!!

Para além das ações espalhadas pela programação da Bienal do Livro envolvendo o mundo dos quadrinhos, como a palestra que celebrou os 10 anos das Graphics MSP, no último dia de evento, e reuniu no Palco Principal: Danilo Beyruth (Astronauta), Rafael Calça (Jeremias), Cora Ottoni (Denise), Vitor Cafaggi (Turma da Mônica, Franjinha), Max Andrade (Anjinho) e o criador do projeto Sydney Gusman; vale destacar nosso rápido (mas cheio de significado) encontro com o filósofo, professor, advogado e muito leitor de gibis, Silvio de Almeida, autor do livro Racismo Estrutural. E, como é certeiro em todo bom evento, uma parada com cosplayers e action figures, que também marcaram suas presenças e não poderiam ficar de fora do nosso quadro.
Fim.