Diário da Copa | Brasil, Argentina e diferentes fins no Dia 20

Empate no final e decisão por pênaltis, a diferença: Messi na semi

Croácia classificada nos pênaltis (Imagem: FIFA/Reprodução)

Em 8 de dezembro (Dia 19), a escrita deste Diário foi sobre o início do fim. Uma referência aos últimos – e decisivos – jogos da Copa do Mundo 2022. Outra reflexão foi sobre a última aparição como atleta de Messi e Cristiano Ronaldo em um mundial. O argentino decidiu e adiou. O português vai – se permanecer na reserva – torcer para seguir.

Nesses escritos, não seguiu uma linha sobre o fim do Brasil contra a Croácia. Não por crer em uma vitória certa, afinal, no Dia 16 – o da classificação contra a Coreia do Sul – ficou escrito que um empate não seria jogado fora pelos croatas. Eles estão acostumados – mais do que qualquer seleção – com esse tipo de final. Na atual quartas, comemoraram muito o gol no último lance. Confiança.

Não terminou ali. Para eles. Foram grandes para os pênaltis. Livaković parou Rodrygo. Marquinhos ficou na trave. Neymar nem cobrou. Deixou para o final. Que não aconteceu. Assim como não vai acontecer a semi tão esperada com a Argentina. Novamente o tabu contra europeus no mata de Copa do Mundo prevaleceu. França, Holanda, Alemanha, Bélgica e Croácia – com a lista atualizada.

Parecia, em 2022, que o final dessa escrita seria diferente. Mas o adversário foi mais uma vez dono do ritmo, com as melhores variações táticas e preciso com a chance que teve. Modric foi o diferencial. As seleções favoritas ao título vão com uma bandeira. Não um nome. O coletivo, mesmo forte, busca um norte para abrir os caminhos. A Croácia, também, tratou melhor a bola, levou ela para passear pelos espaços vazios do campo. Tirou em alguns momentos a rara intensidade que os brasileiros tentaram.

Sem gol, o Brasil não foi coletivo – para mudar o placar – nem teve sucesso com a individualidade. Vini, Raphinha, Paquetá, Antony, Pedro, nenhum deles conseguiu sozinho. Richarlison abriu alguns buracos na defesa croata, não chegou nada para finalizar. Livaković segurou o que foi nele. Na insistência pelo meio, Neymar aproveitou no finalzinho do 1º tempo da prorrogação. Gol! Se não muita vantagem, tudo o que era preciso.

Com os minutos finais correndo, o que não precisava era correr atrás de um contra-ataque croata. Petković recebeu na entrada da área e finalizou. Bola única no gol e lá dentro. Aos 117′. De prorrogação e pênaltis, a Croácia foi finalista em 2018 e segue em 2022. Zlatko Dalic continua. Foi o fim da era Tite. Já era anunciado. No fim da Copa. Para o Brasil foi no 9 de dezembro.

Se meios parecidos, fins diferentes. Messi chamou o jogo, deu assistência, fez gol, bateu pênalti e classificou para a semi. De semelhante, o empate também foi sofrido na última bola. A Holanda tirou a diferença de 2 x 0. Weghorst fez os dois. O segundo, em jogada ensaiada. Gol daqueles que ficará eternizado. Cobrança de falta tirada da manga laranja, talvez de Van Gaal.

Zero na prorrogação. Nos pênaltis, a Argentina abriu e fechou com Martínez. O goleiro e o atacante. Emiliano defendeu as duas primeiras cobranças. Lautaro converteu a última. 4 x 3 e semifinal. Croácia x Argentina valendo um lugar na disputa pelo título. Adversárias na última Copa; para quem leva o empate como caminho de sucesso, há quatro anos deu placar de goleada: Croácia 3 x 0 pela 2ª rodada da fase de grupos. E agora?

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