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Um bate-papo com protagonistas da luta da Comunidade LGBTQIA+

Quando pesquisamos a palavra ‘Co.mu.ni.da.de’ na internet ou nas páginas da letra ‘C’ de um bom e velho dicionário, encontramos as seguintes informações: Substantivo Feminino / qualquer conjunto de indivíduos organizados de forma coletiva ou unidos por algo em comum. Lógico que existem milhares de significados, afinal quantos estão se organizando por um bem maior? Não é atoa que a própria palavra ‘Co.mu.ni.da.de’ é feminina e escrita na linha inversa da nossa sociedade patriarcal e machista. Ela também deixa evidente que o comum é a visão crítica de mundo através de vários olhos que sofrem as mesmas violências nesse sistema.
Ser de uma comunidade também é ocupar espaços, por isso o Território Livre Fm abriu a roda pro debate, entendendo e usando nosso local de fala para exaltar e dar o devido espaço aos protagonistas do mês de junho, os protagonistas da luta da Comunidade LGBTQIA+.
https://www.facebook.com/territoriolivre.fm/videos/270983447454631/
A conversa só foi possível graças a diversidade de falas e de corpos que aceitaram compartilhar suas vivências, Marcela Marques, Felipe Giovanni, Caíque Albuquerque e Natália Macedo, todes ativistas dessa causa e que não medem as palavras nem os sorrisos para reafirmar que não é opção e sim e sempre, Orientação Sexual!
Ouvir tantas experiências é uma lição com dever para levar pra casa, ou melhor, levar pra vida. Não podemos continuar convivendo com o fato de sermos o país que mais mata pessoas Trans e contraditoriamente ser o país que mais consome a pornografia Trans. Não podemos mais aceitar perguntas invasivas sobre o amor dos outros, precisamos entender de vez os privilégios de quem sempre teve o poder da fala e da visibilidade, o homem, cis, hétero, branco, e que esse é sim, o maior opressor da vida colorida.
A luta é sobre a transformação do medo em coragem, sobre a força de seres humanos se sentirem libertos para libertar os outros, é sobre o desejo de poder ser de cara quem se é desde que veio ao mundo, aceitar corpo, pele, voz e até mesmo poder usar e abusar da sua cor e letra dentro da comunidade. Se a conquista de postar uma foto, escrever um texto, publicar um vídeo sobre o orgulho de ser quem se é já é gigantesca, imaginem a conquista que será nos livrarmos desses rótulos que, infelizmente, são os que decretam o direito às políticas públicas no nosso país.
A pauta não teve fim, a luta não tem trégua, a vida dos LBGTQIA+ é resistência todos os dias, vidas coloridas importam, o livre amor é direito e qualquer violência contra o amor é crime.
Território Livre FM, já está no nome a nossa crença, nossa rede de comunidades, nosso bem comum, conquistar espaços e histórias que nos libertam do silêncio que mata.