Juventude…

Juventude. As juventudes.
É aquele miolo da vida que queremos muito, temos pouco e somos vistos como loucos.
Lembra?
Fica entre a infância e os boletos.
E dependendo de onde você vem, a cor que tem ou se tem algum vintém, você deixa de ser jovem para virar pessoa que não convém.
Juventude tem tudo a ver com curiosidade e não com idade, tem que ter representatividade, liberdade, expressividade, tem que ter acesso à cidade.

O encontro com o Secretário Nacional de Juventude, Ronald Sorriso, realizado no último dia 2 de maio, foi promovido pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC através do GT de Juventude, que discute ações e interações com a juventude regional, desejando buscar diálogo direto com o Governo Federal.

A roda foi feita pelas cidades de Ribeirão Pires, Mauá, Diadema, Santo André e seus representantes somavam com os de algumas instituições de ensino superior que enviaram estudantes engajados e profissionais que estão pesquisando a participação e necessidades das juventudes.

O Secretário respondeu perguntas, ouviu apontamentos e compartilhou informações sobre o rumo que a Secretaria Nacional da Juventude, vinculada a Secretaria de Governo da Presidência da República, vai tomar. Ronald, muito simpático e preciso, indicou o fortalecimento dos Conselhos de Juventude, o estímulo para políticas públicas de Estado e enfatizou a valorização da participação da “galera” nas decisões dos seus territórios, sendo capazes de indicar os problemas e, também, soluções, discutir o futuro e melhorar o presente.

Ronald fez uma fala muito significativa sobre o conceito “geração nem nem”, essa expressão que é usada para uma parcela da população entre 18 e 24 anos que nem trabalha e nem estuda. O secretário contrapôs esse termo dizendo que na realidade a juventude é “SEM SEM”, sem oportunidade de trabalho e sem acesso a qualificação. O jovem encontra dificuldades para acessar a educação e está desempregado por um problema estrutural que pode ser resolvido com o interesse das gestões promovendo formação e investimento no setor.

Outro assunto comentado foi o desenvolvimento econômico e de políticas públicas a partir da juventude que de forma transversal passa pela Educação, Saúde, Segurança, Cultura e todos os setores da prática cidadã.

O que a juventude está pensando para o futuro? Mas como ela vai projetar um caminho se o agora está cheio de obstáculos e falsas esperanças?

A juventude pede passagem, quer estar presente nas avenidas levantando suas bandeiras e sustentando seus sonhos. Sonhos. Sonhar combina com “joviar”. Inventamos o termo para dizer que sonhar é coisa de gente que não se acomoda e que se incomoda com a inação de quem não sabe ou ainda não aprendeu a “joviar”. Tem que ser – assim – verbo pra se tornar ação e ser conjugado por todes.

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