Quartou | Fim das copas; vem Olimpíada!
Se na Copa América de futebol o Brasil não passou perto do título, os Jogos Olímpicos de Paris prometem muitas emoções com presença brasileira em 39 modalidades

Foi um mês com o melhor do futebol europeu e sul-americano masculino. Como no começo do ano, durante janeiro e fevereiro, com a Copa da Ásia e a Copa Africana de Nações, foram agora 30 dias seguidos – 14 de junho a 14 de julho – com bola rolando simultaneamente pela Eurocopa e pela Copa América. Demais! Para quem não teve compromisso com o sono na madrugada, também viu no período a Oceania realizar sua competição. Demais, com respeito a quem foi capaz.
No melhor do álbum da Euro, figurinhas como Kroos, Modric e Cristiano Ronaldo descolavam para, talvez, a última grande competição de suas carreiras. Para De Bruyne, Mbappé e Kane, uma exibição em alto nível seria a chance de abrilhantar suas trajetórias já marcadas por feitos incontestáveis. No fim de tudo, o envelope premiado com o título reuniu a juventude de Dani Olmo, Nico Williams e Lamine Yamal – nomes marcantes e decisivos em mais uma conquista da Espanha.
Na Copa América, a bola rolou, o esporte aconteceu, mas o negativo incomodou de ponta a ponta, com uma cerimônia de abertura atravessada por um ato religioso totalmente fora do tom e a falta de organização para o cumprimento do horário inicial da partida final, adiada algumas vezes devido tumultos e invasões de pessoas sem ingresso. Argentina x Colômbia entraram nas primeiras horas da segunda-feira, 15, até o gol de Lautaro Martínez valer mais um troféu – o quarto seguido do time treinado por Scaloni.
Agora…
Se a coisa vai bem no jogo argentino, vimos em uma live de bastidores segundos antes de ser encerrada que o esporte fica off quando a justiça precisa entrar em campo. Cantos racistas, xenofobia e transfobia não são do esporte. A Conmebol, que nem sempre trata com o cuidado devido sua principal competição – o continental entre seleções mais antigo do mundo – deve ser rigorosa, assim como a FIFA, nas punições a sua afiliada, a Argentina. Pelo respeito que o futebol merece e, em primeiro lugar, pelas pessoas que sofrem na vida cotidiana o que não deveria ser fortalecido por atletas.
E o Brasil?
Se a seleção brasileira montada por Dorival Jr. não empolgou, caiu nas quartas da Copa América sem despertar o melhor da nossa esperança por títulos, vale reacender imediatamente a torcida: a Olimpíada vem aí! Segundo o COB, serão 277 atletas do Brasil nos jogos de Paris. A campanha é histórica antes mesmo da Cerimônia de Abertura, com data marcada para o próximo dia 26.
Pela primeira vez a delegação brasileira é composta por mais mulheres, serão 153, que estarão ao lado de 124 atletas homens na disputa de 39 modalidades. Outro feito inédito, promovido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), foi a igualdade de gênero entre participantes, 5.250 mulheres e 5.250 homens, totalizando 10.500 atletas em Paris 2024.
A missão do Time Brasil na França busca superar a sua melhor campanha, conquistada na edição de Tóquio 2020 – realizada em 2021 devido a pandemia de Covid, com 21 medalhas no total, sendo 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes.
Mais uma vez, se não deu pódio para o futebol na Copa América, não é por falta de esporte ou ídolo que a nossa torcida ficará desanimada, afinal teremos Brasil na Olimpíada 2024 em: Águas abertas, Atletismo, Badminton, Basquete (masculino), Boxe, Canoagem slalom, Canoagem velocidade, Ciclismo BMX Racing, Ciclismo BMX Freestyle, Ciclismo estrada, Ciclismo Mountain Bike, Esgrima, Futebol (feminino), Ginástica artística, Ginástica rítmica, Ginástica trampolim, Handebol (feminino), Hipismo Adestramento, Hipismo CCE, Hipismo Saltos, Judô, Levantamento de Pesos, Natação, Pentatlo moderno, Remo, Rúgbi (feminino), Saltos ornamentais, Skate, Surfe, Taekwondo, Tênis, Tênis de mesa, Tiro com arco, Tiro esportivo, Triatlo, Vela, Vôlei, Vôlei de praia e Wrestling.
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