Câmara de RP faz 1ª sessão de 2025 com projetos do Executivo sem tempo para apreciação e protesto popular contra alterações no Transporte Escolar Gratuito
Fernanda Henrique (PT) foi a única vereadora que se opôs em relação as propostas enviadas de última hora que incluem novas secretarias, criação de cargos e dispositivos que não puderam ser analisados; o uso da tribuna foi lugar de fala para as insatisfações sobre as mudanças no transporte escolar
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Imagens: Território Livre Fm/Reprodução
A 1ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Ribeirão Pires, realizada nessa quinta-feira (6), foi marcada pela participação popular. Mesmo com o horário pouco favorável para a presença de munícipes, com início previsto sempre às 14h00, a abertura dos trabalhos na Casa de Leis reuniu pessoas insatisfeitas pelo decreto que fez alterações no Transporte Escolar Gratuito (TEG) no início do atual ano letivo. A medida foi apresentada pelo prefeito Guto Volpi (PL), gerando muitos relatos nas redes sociais sobre o impacto no ir e vir de alunos e alunas durante a primeira semana de aula.
Outro movimento que gerou atenção e reação dos presentes foi o pacote de projetos de Lei levados em caráter de urgência pelo Executivo à Câmara, todos apresentados horas antes da sessão, sem qualquer tempo de análise ou discussão. Dentre os documentos, está a criação da Secretaria de Cultura, sem previsão orçamentária para a nova pasta, como relatou a vereadora Fernanda Henrique (PT), único voto contrário sobre a questão.
Em outra situação, a vereadora questionou a criação do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura, aprovado pela maioria dos parlamentares mesmo com o apontamento feito sobre a falta de um parecer técnico do Conselho Municipal de Meio Ambiente – logo, um sinal de participação efetiva da sociedade civil em um assunto de importante interesse público.
Tribuna Livre
No uso do canal aberto para a população, a munícipe Rebeca reforçou a insatisfação sobre as mudanças na política do Transporte Escolar Gratuito em Ribeirão Pires. Segundo a mãe, crianças, que tinham o direito garantido até o ano anterior, agora estão expostas aos riscos de segurança no deslocamento casa – escola, pela falta de iluminação, casos de violência e real perigo de contato com animais peçonhentos, provocados pela falta de zeladoria nos bairros. Os receios também incluem a travessia de uma rodovia com grande fluxo de carros, a Tibiriça, entre outras situações.
Fernanda Henrique (PT) ampliou o tema sublinhando os efeitos do decreto imposto pela prefeitura, valorizando a importância da escola na formação das crianças, além do possível impacto na quantidade de prestadores de serviços – motoristas e auxiliares, ou seja, com chances de diminuição de postos de trabalho na cidade. A vereadora indicou a necessidade de uma reunião imediata com o secretário de Educação, Raphael Volpi, em conjunto com o prefeito e Conselho Tutelar. O atual presidente da Câmara de Ribeirão Pires, o vereador Paixão (Republicanos), confirmou que o pedido será encaminhado.