Dia 14 | Fora do jogo
A Rússia foi proibida de utilizar sua bandeira e executar seu hino nacional durante a Olimpíada de Tóquio
Um dia sem o calendário frenético de disputas, ficou até um vazio de emoção, tão aflorada desde quando a Olimpíada de Tóquio começou. Em contrapartida, assunto teve, e não foi dos mais felizes.
A notícia do dia, da noite para nós do Brasil, foi a suspensão preventiva da jogadora da seleção brasileira de Vôlei Tandara. Entre os desdobramentos sobre a divulgação feita pelo COB, a notificação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), análise de contraprova e tudo mais, o fato é que Tandara foi afastada imediatamente do time brasileiro.
Segue o jogo! Na semifinal, o Brasil passou pela Coreia do Sul com tranquilidade, 3 x 0. Vaga na disputa pelo Ouro garantida, as adversárias e o baque pelo corte de uma atleta importante foram superados. Agora, para as autoridades competentes pelo esporte Olímpico brasileiro, os casos de doping devem ser pauta contínua.
Na última edição dos Jogos Pan-Americanos, realizado em Lima, em 2019, o Brasil registrou quatro casos de doping, mais do que havia registrado na história da competição. Para a Olimpíada de Tóquio, ao menos 8 casos foram contados, entre a fase de preparação e a disputa no Japão. Mesmo sem uma pesquisa aprofundada, é nítido que esses primeiros números se apresentam em elevação. Preocupante.
Ainda sobre o assunto doping, que não deveria, mas tem se apresentado como pauta no esporte, não tem como não cair na punição contra a Rússia, que foi proibida de utilizar sua bandeira e executar seu hino nacional durante a Olimpíada de Tóquio. Parece pouco perto do que poderia ser. Mas a punição pega em dois pontos sensíveis, na emoção de um pódio e o muito que uma/ um atleta representa durante uma competição Olímpica, o seu país. De certa forma é um tipo de constrangimento.
A delegação de 335 russas e russos, sem envolvimento com doping, compete sobre a bandeira do Comitê Olímpico Russo (ROC), medida imposta pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e pela Corte Arbitral do Esporte (CAS após a conclusão de que a Agência Antidoping da Rússia, além de não colaborar com os órgãos, manipulou um banco de dados de um laboratório antes dos processos de análise.
Dessa maneira, sem referências a Rússia, em Tóquio, e com o hino do país substituído pelo concerto para piano e orquestra nº 1 de Tchaikovsky, a maior torcida é para que todos os mecanismos que possam coibir o doping no esporte sejam íntegros, imparciais e efetivos.
