Diário da Copa | Sem hora, o Dia 7 foi dos camisas 10
Liderança, bola na rede e muita história pra contar e escrever, isso é Mbappé e Messi

Mbappé e Messi, as vitórias de França e Argentina estão na conta deles (Imagem: FIFA/Reprodução)
O sábado começou cedo, 7h00 e já era bom dia na – e para – a Austrália. Vitória pelo placar mínimo contra a Tunísia e a recuperação depois da goleada sofrida na estreia. Joga pelo empate, na última rodada, para avançar.
Daí o dia foi ganhando as horas e, no Catar, as estrelas tomando seus lugares. Se nos últimos anos Lewandowski acumulou títulos individuais e pelo Bayern de Munique, faltava um gol em Copa do Mundo com a camisa da Polônia. Não falta mais. O atacante, que perdeu um pênalti no jogo anterior, não desistiu, aproveitou uma falha da defesa da Arábia Saudita, tocou pra rede, correu pra comemoração e caiu nas lágrimas.
Se o camisa 9 cumpriu o seu papel, segue a conta e vamos para o 10. No plural. Os 10, de França e Argentina. A tarde, pelo horário de Brasília, foi deles. Mbappé & Messi. Dupla no PSG, opostos por geração e bandeiras dos seus países. Os resultados passaram por eles. Como deve ser.
A França estava leve, vinda da ótima exibição diante dos australianos, mas teria pela frente uma incômoda Dinamarca. O retrospecto recente do confronto: zero a zero na Copa de 2018 e dois sucessos dos dinamarqueses, neste 2022, pela Liga das Nações. Dessa vez não. Mbappé decidiu, liderou as jogadas de ataque, anotou dois gols e já rabisca a possibilidade de lá no futuro superar o maior artilheiro de todas as edições de Copa do Mundo. O alemão Klose tem 16. Mbappé tem 4 na Rússia-2018, 3 no Catar-2022 e contando. 7 em 9 jogos. Tudo isso com 23 anos. Matemática simples, equação complexa.
Quem também estava na conta, só que devendo, era a Argentina. O Messi não. O clima para o confronto com o México se mostrava o pior possível. De final. Se vencesse, iria entrar atrasada na Copa, mas soltar uma mão do medo de uma eliminação antes da hora. Venceu. Tá viva. Messi abriu os caminhos, tanto para a sua bola devagarinho rolar desde fora da área até superar Ochoa como para os três pontos – importantíssimos – na tabela. O camisa 10 deu o passe para Enzo Fernández fazer o segundo e colocar os argentinos na segunda decisão: superado o México, que venha a Polônia.
Pra gente, que venham mais histórias. Eles estão escrevendo. Sorte do país que tem um camisa 10 para chamar de seu. Não é alfinetada no nosso. Talvez na mais nova tentativa de cavar uma narrativa de coitado do menino camisa 10 do Brasil. Não. Copa é jogo rápido, dentro de campo e entre adultos. Sem tempo!