Meu Rolê | A Bienal do Livro voltou, nós voltamos

Depois de um intervalo atípico entre uma edição e outra devido à pandemia, público pôde enfim celebrar o universo da leitura de forma presencial

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo voltou. Nós voltamos à Bienal do Livro. Foram quatro anos de intervalo desde a nossa última e primeira cobertura da maior celebração ao universo da leitura, em 2018. Na época saímos coletivamente inspirados, transformados e ainda mais livres, credenciados para seguirmos virando páginas. Um exercício muito necessário para o período que se aproximava.

Território Livre Fm na Bienal do Livro, em 2018

Em 2019, um governo inimigo da cultura tomou posse. O que não andava bem piorou com a Pandemia. Uma onda de negacionismo ganhou corpo. A crueldade se armou. No meio desse front, a gente. Arte, conhecimento e a ciência foram os canais que tornaram a volta uma realidade. Depois de tanto tempo online, o presencial era necessário. Vacinas no braço, cuidados na bagagem e tudo pronto para começar uma nova viagem.

Na 26ª edição da Bienal do Livro, ano do bicentenário da Independência do Brasil, Portugal foi o convidado de honra. Como é tradicional, ativações não faltaram. Passeando pelo alfabeto de corredores, em cada estande o público se deparava com um cenário temático que valia uma foto. A presença de autoras e autores virava o norte na hora de definir o trajeto. Também soprava a direção o menor preço, o maior desconto e tudo que pudesse facilitar os caminhos para uma nova aquisição.

Diversos títulos vendidos por R$10 na Bienal do Livro de São Paulo

Entre um deslocamento e outro, firmamos nossa presença no espaço Praça de Histórias, do Sesc, que reservou um lugar da sua programação para mc’s lançarem suas palavras, ideias e repertório na edição A Batalha das Batalhas. A proposta reuniu oito representantes das batalhas da Dezesseis, Dominação, da Zil, das Venenosa, contando com a participação do público para a definição de cada tema, como Eleições 2022, desigualdade social, meio ambiente, violência contra a mulher e tantos outros que pautam nosso dia a dia e nem sempre o microfone ecoa ou são linhas apenas de uma ficção. Ao final dos confrontos, WinniT levou pra casa a folha de campeão (foto abaixo), mas quem saiu vencedora foi toda a plateia.

Batalha das Batalhas teve WinniT como campeão

Assim, depois de um dia intenso pela Bienal do Livro, sabemos que a sensação de mares tranquilos ainda não toma conta de todos os corações, sequelas do tanto de coisa que aconteceu durante esse intervalo tão atípico, mas a esperança prevalece do encontro com tanta gente e tão diversas, pessoas que decidiram apontar seus barcos rumo ao conhecimento e que estão remando para desmistificar o que de pior tentou afundar o Brasil.

Território Livre Fm durante a cobertura da 26ª Bienal do Livro de São Paulo

Viva os livros, a cultura e a arte! Voltaremos em 2024, Bienal do Livro!

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