Quartou na Copa | Do aquecimento ao jogo de estreia

A Copa do Mundo 2023 começou na quinta-feira, dia 20. Para a seleção brasileira o primeiro jogo foi na segunda, 24. Antes, a minha contagem regressiva passou pelo domingo, 23, numa tarde de aquecimento pelo Museu do Futebol, que está de campo aberto – diferente do Pacaembu – para a exposição Rainhas de Copas, uma coleção de números, dados e personagens do Brasil pela história desde o torneio experimental, disputado em 1988 na China, passeando por todas as edições de Copa do Mundo.

Austrália & Nova Zelândia sediam juntas o 9º mundial feminino de futebol. Nossa melhor colocação foi em 2007, um vice-campeonato. Uma bola dividida entre a geração que merecia um lugar mais alto no pódio contra o tamanho do feito para um país que sempre encontrou na falta de incentivo o seu maior oponente.

O futebol pelas mulheres tem os primeiros registros jornalísticos nos anos 20, nos cadernos da FIFA a data do primeiro jogo oficial marca 1988 e pelo país do futebol – que já proibiu a prática delas – o Brasileirão atingiu neste ano apenas a sua primeira década de existência. Tem muito capítulo para ser escrito. Muita bola para ser defendida. Um tanto de gol para contar. E na tão aguardada estreia foi bem desse jeito. Brasil 4 x 0 Panamá.

Copa do Mundo não tem jogo fácil de véspera. A seleção de Pia Sundhage fez a facilidade e encantou. Ary Borges fez três gols, deu uma assistência de classe para Bia Zaneratto e o resultado consagrou um grupo que tem jogado como time. Organização, concentração, variação – poderia escalar uma seleção de adjetivos para esse começo. E foi a melhor forma de começar, ainda mais quando se olha para o horizonte e lá está uma França – vinda de tropeço – como próxima adversária.

Vencemos muito! E a vitória não parou por aí, muita gente liga para o futebol feminino. Liga o celular, computador e televisão. Mais de um milhão de aparelhos foram sintonizados na transmissão da Cazé TV, além do alcance da maior audiência da TV Globo – na faixa das 8h01 às 9h57 – desde agosto de 2008. Novos números, mais feitos e tantas novas personagens surgindo à la Ary, Bia, Letícia, Antonia, Lauren, Luana, Debinha… E temos na sua 6ª Copa do Mundo e para sempre: Marta. A Rainha.

Tem muita Copa pra ser jogada! Foi só o aquecimento e a estreia…

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