Dia 10 | O pódio eterno

Transformar a torcida em julgamento, sobretudo em tempos de redes sociais, não faz parte do fair play

Imagem: O treinador Maros Goto e Arthur Zanetti na disputa das Argolas, em Tóquio - (Confederação Brasileira de Ginástica - CBG)

A semana começou com uma das maiores expectativas do Brasil em Tóquio, Arthur Zanetti nas Argolas. Para o brasileiro, seria a chance de colocar o terceiro pódio no currículo e fazer o seu país feliz pela terceira Olimpíada consecutiva.

A medalha não veio. Nesse caso, o atleta, assim como se prepara para sua prova, já sabe ou logo vai saber o que aconteceu. Faz parte do seu preparo olhar para si e o seu desempenho, identificar o que faltou e o que sobrou.

A gente, na torcida, que queria muito comemorar uma nova conquista, também leva um tempo para entender que perder é do jogo. Olha o que o esporte faz com a pessoa, de repente estamos sentindo um pouquinho, em algum lugar que seja, uma dor pelo resultado que não veio.

Talvez nosso maior exercício, à distância, é olhar para a nossa reação. Transformar o apoio em julgamento, sobretudo em tempos de redes sociais, não faz parte do fair play. Também é triste ver um atleta derreter em pedidos de desculpas após o seu desempenho. Como diria popularmente, tamo junto!

Depois da final das Argolas, Zanetti lembrou do seu Ouro em Londres 2012, de que dali em diante o combinado com o seu treinador Marcos Goto era que todo resultado seria sempre um ganho. Pra gente tem que ser a mesma coisa, é essa sensação, ver um atleta brasileiro, vencedor, com duas medalhas Olímpicas, competindo em alto nível por mais de 10 anos e levando a nossa bandeira para o mundo só pode resultar em uma coisa, o pódio eterno.

Vai, Brasil!

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