Dia 8 | Contra tudo e contra todas pela medalha
O Bronze de Luisa Stefani e Laura Pigossi foi gigante, para ficar na história e daquelas surpresas que somente uma Olimpíada pode entregar

Imagem: COB
Em algumas modalidades Olímpicas, atletas entram com o máximo de favoritismo ao pódio e cumprem com todas as expectativas. Também há o inverso, como chegar forte entre as principais potências e parar no meio da caminho, não ter o melhor desempenho e cair antes da disputa pelas medalhas.
O Futebol do Brasil, pentacampeão mundial e vencedor nas categorias de base, chegou ao Ouro Olímpico apenas no Rio 2016. E esse é simplesmente um e o mais óbvio exemplo de como na hora que a Olimpíada começa tudo se resolve no quente da competição.
Lógico que há exceções, Phelps, Simone Biles, Bolt, Katie Ledecky e tantos outros nomes estão marcados na história dos Jogos por suas coleções de feitos e por como apresentaram performances muito superiores dos demais competidores.
Mas quando bate aquela surpresa? A medalha que ninguém contabilizou nas análises e palpites?
Esse foi o caso da dupla brasileira Luisa Stefani e Laura Pigossi no Tênis. As duas foram da confirmação da parceria em Tóquio dias antes do início do torneio até a sequência de três vitórias com a bolinha pra lá e pra cá. Superaram jogo a jogo suas adversárias até a semifinal.
Na fase de definição da briga por medalhas, derrota para as suíças Golubic e Bencic. As atletas voltaram na disputa pelo Bronze com muita sede, concentração e garra. Contra a dupla do Comitê Olímpico Russo Vesnina e Kudermetova, quebraram quatro match points e emplacaram uma sequência de seis pontos, resultado: vitória de virada (4/6; 6/4; 11/9) e o grandioso feito de pela primeira vez a bandeira do Brasil marcar presença no pódio Olímpico do Tênis.
Foi gigante, para ficar na história e daquelas surpresas que somente uma Olimpíada pode entregar.
Vai, Brasil!