Diário da Copa | Marrocos e Japão, os líderes do Dia 12
Surpresas garantidas e favoritas dão adeus ao mundial
Croácia e Bélgica, vice e 4ª colocada, respectivamente, na Rússia-2018. Espanha e Alemanha, campeãs do mundo. Palpites lógicos para qualquer bolão. Mas a graça – o prazer – é ganhar sozinho. Marrocos e Japão, apostas de quem joga no time do contra, venceram com seus conjuntos. Na inteligência, disposição e para nossa alegria.
Grupo F
Escolhi para assistir: Croácia x Bélgica. Não errei só no bolão. Uma sensação de que nada mudaria o placar do zero, mesmo se as duas seleções jogassem até 2026. Lukaku – um atacante acostumado com o gol – perdeu tudo que apareceu. De Bruyne e Hazard, desaparecidos. Modric – no seu modo – é o norte dos croatas. Que vão indo. Ficaram atrás de Marrocos, que é das melhores surpresas. De Ziyech. E ganha muita torcida para não parar. O Canadá, da lanterna vê a luz da continuidade para o novo ciclo até 2026. Em casa e mais forte.
A geração belga também parte para um recomeço. Provavelmente com renovação. Se não teve um grande título, foi competitiva e reuniu jogadores sempre fundamentais nos seus clubes. Roberto Martínez disse adeus. Um novo treinador, suas missões: uma nova geração e ir além.
- GRUPO F: Marrocos: 7 pontos; Croácia: 5 pontos, Bélgica: 4 pontos; Canadá: 0.
Grupo E
Aconteceu de tudo. Todo mundo do Grupo E foi de classificado/eliminado e vice e versa conforme as mudanças nos placares. Japão e Costa Rica no mata. Alemanha e Espanha mortas. Durou poucos minutos, mas essa realidade existiu.
A galeria japonesa ganhou mais uma obra. Clássica. Não importa o roteiro ser parecido. Na arte do futebol, mesmo o igual é diferente. A sensação. Tem seu novo. E de novo de virada, na etapa final e tudo numa sequência de poucos minutos. É muita preciosidade cada uma das vitórias, contra Alemanha e Espanha. Para quem nunca tinha vencido um campeão mundial em uma Copa do Mundo, os dois feitos são pra lá de marcantes. E, para reafirmar: o Japão tem vencido – e gostado de – jogos grandes.
Sem nada para comemorar, os alemães não tinham escolha, nem tempo – ou futebol – para um placar de 7 contra a Costa Rica. Que ironia. Japão e Espanha não precisavam de mais nada, só do apito final. A Alemanha foi embora, pelo segundo mundial seguido na primeira fase.
Müller anunciou o seu adeus da seleção. Jornada vitoriosa. Incontestável. Tem título. Na soma de 2010 com 2014, 10 gols. Mas nenhuma bola na rede em 2018 e 2022, as eliminações precoces nas duas edições e a chance de ultrapassar o seu ex-parceiro de ataque, Klose (16 gols), não ter ficado nem perto de acontecer deixa um ar de frustração – para quem considera números.
- GRUPO E: Japão: 6 pontos; Espanha: 4 pontos; Alemanha: 4 pontos; Costa Rica: 3 pontos.
E a chave vai ganhando cara de completa, mais dois confrontos das oitavas: Japão x Croácia e Marrocos x Espanha.
Brasil
Daniel Alves está escalado por Tite. Se há dúvidas sobre o futebol do lateral, o próprio mandou avisar: é um grande pandeirista. No barulho, o Brasil já sai na frente. O jogo contra Camarões não é dos mais importantes, mas vale a sequência, dar ritmo – não o do pandeiro – ao banco e estrear o uniforme azul na Copa do Mundo 2022.
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